quinta-feira, 2 de abril de 2009

Judô - história


Judô PB ou Judo PE (柔道 Juu Dou - "caminho suave", em língua japonesa) é um desporto praticado como arte marcial, fundado por Jigoro Kano em 1882. Os seus principais objetivos são fortalecer o físico, a mente e o espírito de forma integrada, para além de desenvolver técnicas de defesa pessoal.

O Judo teve uma grande aceitação em todo o mundo, pois Kano conseguiu reunir a essência do jujutsu, arte marcial praticada pelos "bushi", ou cavaleiros durante o período Kamakura (1185-1333), a outras artes de luta praticadas no Oriente e fundi-las numa única e básica. O Judô foi considerado desporto oficial no Japão nos finais do século XIX e a polícia nipônica introduziu-o nos seus treinos. O primeiro clube judoca na Europa foi o londrino Budokway (1918).

A vestimenta utilizada nessa modalidade é o keikogi (kimono), que no judô recebe o nome de judogi e que, com o cinturão, forma o equipamento necessário à sua prática. O judogi pode ser branco ou azul, ainda que o azul seja quase apenas utilizado para facilitar as arbitragens em campeonatos oficiais.

Com milhares de praticantes e federações espalhados pelo mundo, o judô se tornou um dos esportes mais praticados, representando um nicho de mercado fiel e bem definido. Não restringindo seus adeptos a homens com vigor físico e estendendo seus ensinamentos para mulheres, crianças e idosos, o judô teve um aumento significativo no número de praticantes.

Sua técnica utiliza basicamente a força e peso do oponente contra ele. Palavras ditas por mestre Kano para definir a luta: "arte em que se usa ao máximo a força física e espiritual". A vitória, ainda segundo seu mestre fundador, representa um fortalecimento espiritual.

Decadência e renascimento do Jujutsu
Em 1864, o comodoro Matthew Perry, comandante de uma expedição naval americana, conseguiu fazer com que os japoneses abrissem seus portos ao mundo com o tratado "Comércio, Paz e Amizade". Abrindo seus portos para o ocidente, surgiu na Terra do Sol Nascente uma tremenda transformação político-social, denominada Era Meiji ou "Renascença Japonesa", promovido pelo imperador Matsuhito Meiji (1868-1912). Anteriormente, o imperador exercia sobre o povo influência e poderes espirituais, porém com a "Renascença Japonesa" ele passou a ser o verdadeiro comandante da Terra das Cerejeiras.

Nessa dinâmica época de transformações e inovações radicais, os nipônicos ficaram ávidos por modernizar-se e adquirir a cultura ocidental. Tudo aquilo que era tradicional ficou um pouco esquecido, ou melhor, quase que totalmente renegado. Os mestres do jujutsu perderam as suas posições oficiais e viram-se forçados a procurar emprego em outros lugares. Muitos se voltaram então para a luta e exibição em feiras.

A ordem proibindo os samurai de usar espadas em 1871 assinalou um declínio em todas as artes marciais, e o jujutsu não foi uma exceção, sendo considerado como uma relíquia do passado. Como não era difícil acreditar, tempos depois surgiu uma onda contrária às inovações radicais. Havia terminado a onda chamada febre ocidental. O jujutsu foi recolocado na sua posição de arte marcial, tendo o seu valor reconhecido, principalmente pela polícia e pela marinha. Apesar de sua indiscutível eficiência para a defesa pessoal, o antigo jujutsu não podia ser considerado um esporte, muito menos ser praticado como tal. As regras não eram tratadas pedagogicamente, ou mesmo padronizadas.

Os professores ensinavam às crianças os denominados golpes mortais e os traumatizantes e perigosos golpes baixos. Sendo assim, quase sempre, os alunos menos experientes machucavam-se seriamente. Valendo-se de sua superioridade física, os maiores chegavam a espancar os menores e mais fracos. Tudo isso fazia com que o jujutsu gozasse de uma certa impopularidade, especialmente entre as pessoas mais esclarecidas. O jujutsu entrava em outra fase de decadência.
Baseado nesses inconvenientes, Jigoro Kano, um jovem que na adolescência se sentia inferiorizado sempre que precisava desprender muita energia física para resolver um problema, resolveu modificar o tradicional jujutsu, unificando os diferentes sistemas, transformando-o em um poderoso veículo de educação física.

Pessoa de alta cultura geral, ele era um esforçado cultor de jujutsu. Procurando encontrar explicações científicas aos golpes, baseados em leis de dinâmica, ação e reação, selecionou e classificou as melhores técnicas dos vários sistemas de jujutsu,juntamente com os imigrantes japoneses dando ênfase principalmente no ataque aos pontos vitais e nas lutas de solo do estilo Tenshin-Shinyo-Ryu e nos golpes de projeção do estilo Kito-Ryu. Inseriu princípios básicos como os do equilíbrio, da gravidade e do sistema de alavancas nas execuções dos movimentos lógicos.

Estabeleceu normas a fim de tornar o aprendizado mais fácil e racional. Idealizou regras para um confronto esportivo, baseado no espírito do ippon-shobu(luta pelo ponto completo). Procurou demonstrar que o jujutsu aprimorado, além de sua utilização para defesa pessoal, poderia oferecer aos praticantes, extraordinárias oportunidades no sentido de serem superadas as próprias limitações do ser humano.

Jigoro Kano tentava dar maior expressão à lenda de origem do estilo Yoshin-Ryu (Escola do Coração de Salgueiro), que se baseava no princípio de "ceder para vencer", utilizando a não resistência para controlar, desequilibrar e vencer o adversário com o mínimo de esforço. Em um combate, o praticante tinha como o único objetivo a vitória. No entender de Kano, isso era totalmente errado. Uma atividade física deveria servir, em primeiro lugar, para a educação global dos praticantes. Os cultores profissionais do jujutsu não aceitavam tal concepção. Para eles, o verdadeiro espírito do jujutsu era o shin-ken-shobu (vencer ou morrer, lutar até a morte).

Por suas idéias, Jigoro Kano era desafiado e desacatado insistentemente pelos educadores da época, mas não mediu esforços para idealizar o novo jujutsu, diferente, mais completo, mais eficaz, muito mais objetivo e racional, denominado de judô, e transformando-o num poderoso veículo de educação física. Chamando o seu novo sistema de judô, ele pretendeu elevar o termo "jutsu" (arte ou prática) para "do", ou seja, para caminho ou via, dando a entender que não se tratava apenas de mudança de nomes, mas que o seu novo sistema repousava sobre uma fundamentação filosófica.

Em fevereiro de 1882, no templo de Eishoji de Kita Inaritcho, bairro de Shimoya em Tóquio, Jigoro Kano inaugura sua primeira escola de Judô, denominada Kodokan (Instituto do Caminho da Fraternidade), já que "Ko" significa fraternidade, irmandade; "Do" significa caminho, via; e "Kan", instituto.

No Brasil

O judô surgiu no Brasil por volta de 1922, através de Thayan Lauzin . O conde Coma (Mitsuyo Maeda), como também era conhecido, fez sua primeira apresentação em Porto Alegre. Partiu para as demonstrações pelos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo, transferindo-se depois para o Pará em outubro de 1925[1], onde popularizou seus conhecimentos dessa arte. Outros mestres também faziam exibições e aceitavam desafios em locais públicos. Mas foi um início difícil para um esporte que viria a se tornar tão difundido.

O judô no Brasil passou a ser organizado e largamente difundido a partir de agosto de 1933, com a fundação da Hakkoku Jûkendô Renmei, a Federação de Judô e Kendô do Brasil, por ocasião do 25o aniversário da imigração japonesa ao Brasil. Do lado do judô, foram membros fundadores as seguintes personalidades: Katsutoshi Naito, Tatsuo Okochi, Teruo Sakata e Zensaku Yoshida.

Nessa época, além dos quatro mestres supracitados, o judô no Brasil contava também com o mestre Tomiyo Tomikawa e com Shigejiro Fukuoka, mestre de jujutsu tradicional. Estes seis mestres eram os principais expoentes do judô na época, dentro do âmbito da Hakkoku Jûkendô Renmei.

Um fator relevante na história do judô foi a chegada ao país de um grupo de nipônicos em 1938. Tinham como líder o professor Ryuzo Ogawa e fundaram a Academia Ogawa, com o objetivo de aprimorar a cultura física, moral e espiritual, por meio do esporte do quimono. Apesar de Ryuzo Ogawa ser um mestre de jujutsu tradicional, chamou de Judô a arte marcial que lecionava quando este nome se popularizou. Portanto, ensinava um estilo que não era exatamente o Kodokan Judo, o que não diminui sua enorme contribuição ao começo do Judô no Brasil. Daí por diante disseminaram-se a cultura e os ensinamentos do mestre Jigoro Kano e em 18 de março de 1969 era fundada a Confederação Brasileira de Judô, sendo reconhecida por decreto em 1972. Hoje em dia o judô é ensinado em academias e clubes e reconhecido como um esporte saudável que não está relacionado à violência. Esse processo culminou com a grande oferta de bons lutadores brasileiros atualmente, tendo conseguido diversos títulos internacionais.

Academia Terazaki
Réplica do primeiro templo de judô do Japão, o Kodokan, a Academia Terazaki, ou Clube Recreativo de Suzano Judô Terazaki, é a primeira academia de Judô da América e começou a ser construída no ano de 1937 por Tokuzo Terazaki, que idealizava difundir os ensinamentos do judô. A conclusão foi em 1952 e na construção contou com o apoio de muitas pessoas ligadas à colônia e até do Japão. A academia fica localizada na cidade de [Suzano], região metropolitana de São Paulo.

Tokuzo Terazaki, ou mestre Terazaki, como é conhecido por seus discípulos, nasceu em 16 de agosto de 1906 em uma aldeia chamada Tominami, entre as cidade de Sihinjo e Yamagata, no Japão. Filho do sr. Tsuruki e D. Shingue, foi o terceiro filho.

Depois de terminar o curso primário, foi para a cidade de Yamagata onde matriculou-se na escola agrícola. Logo depois migrou para Tóquio, onde trabalhava na indústria Kubota de Ferro. Nas horas de folga treinava na academia do sr. Torakiti, Masateru Futakawa, onde aprendeu jiu-jitsu com os fundadores do estilo.

Mais tarde no Kodokan, sob a instrução do mestre Mifune conseguiu título de graduado. Atualmente, as aulas na academia Terazaki são ministradas pelo sensei Celso Tochiaki Kano, que foi aluno do mestre Terazaki e segue os passos.

Em 1928, mestre Terazaki casou-se com D. Kiyoe, tendo como padrinho o professor Futakawa. Kiyoe trabalhava na Kanebo, uma empresa de tecelagem e fiação, que mais tarde Terazaki conheceu o presidente por meio da esposa e quando este iniciou a exploração na região da Amazônia, Terazaki colaborou na convocação de voluntários para a imigração. Além de convocar, decidiu participar da imigração chegando em Belém no Pará, em 1929. Sua chegada, marcada pela epidemia de malária e o poço em que utilizavam para estava infestado de amebas. Na época, dezenas de pessoas morreram, incluindo Teruko, a filha de Terazaki.

Em 1933, da ligação que teve com Katsutoshi Naito em Tóquio no Kodokan, veio a influência da vinda a Suzano, onde após quatro anos na Amazônia, chega a cidade, onde atua no cultivo de morangos na plantação de Naito.

Enquanto atuava na agricultura, crescia a fama de sua técnica como judoca e frequentemente era convidado a ensinar a arte marcial em Suzano. Em 1934, após um ano de trabalho na plantação de Naito, Terazaki compra um terreno no Bairro da Vila Urupês, em Suzano, onde abriu uma academia de judô e também fazia atendimento a todos os casos de fratura óssea e técnica ortopédica em geral de forma voluntária.

Após a [II Guerra mundial], foi organizada uma associação de graduados em judô. O presidente foi Katsutoshi Naito e Terazaki era vice. Com o aumento de adeptos veio a seguir a necessidade de organizar a Federação Nacional de Judô.

Das demonstrações da modalidade a Marinha veio a introdução da modalidade no exército. Na mesma época com o apoio de seus discípulos, amigos, iniciou-se campanha para angariar recursos para a construção da academia. Os resultados discípulos abriram academias por Estados brasileiros como Rio de Janeiro, pelo exercito, polícia

Outra faceta pouco conhecida do mestre é a fama de deus do Izumo, ou [Santo Antônio], o santo casamenteiro pela facilidade de unir casais, que foram ao menos 400

Pelos trabalhos prestados a policia militar do Rio de Janeiro, a academia de Agulhas Negras e a policia rodoviária recebeu várias condecorações. Em 1958 recebeu titulo de cidadão suzanense.

Katsutoshi Naito
Nascido na província de Hiroshima. Filho de Katuaki Naito, militar japonês. Aos 9 anos foi para a ilha de Formosa, em Taiwan, onde cursou o ginásio e judô na academia com o professor Takeuchi, em 1914. em 1915 entrou na escola técnica de agronomia na província de Kagoshima, no Japão e após a formação foi para Tóquio no Koodokan (academia de Judô). Em 1919 foi para os Estados Unidos e em 1920 entrou na faculdade de agronomia na Pensilvânia, quando simultaneamente treinava luta livre até a formatura, sempre como capitão da equipe.

Em 1924 representou o Japão na olimpíada da frança, na modalidade luta livre conseguiu medalha de bronze, sendo o primeiro medalhista olímpico do Japão. Voltando ao Japão recebeu de Kodokan, o título de quarto dan de judô.

Em 1928 veio para o Brasil, na companhia Takushoku América do sul situada em Belém, no Pará. Em 1931 veio para Suzano, onde em 1935 conseguiu construir a sua academia de judô para os ensinamentos do judô para toda a comunidade.

Onde era a academia na rua Rosa Umehara Manabe, hoje existe um condomínio residencial. Em 1941, realizou a primeira competição de Judô na comunidade, atraindo mais adeptos para a modalidade. Durante a II Guerra Mundial, foi presidente da Cooperativa Mista de Mogi das Cruzes durante cerca de 7 anos. Naito faleceu em 1969.

Os três princípios
Ver artigo principal: Princípios do judô
Os princípios que inspiraram Jigoro Kano quando da idealização do judô foram os três seguintes:

Princípio da Máxima Eficiência com o mínimo de esforço (Seiryoku Zen’Yo)
Princípio da Prosperidade e Benefícios Mútuos (Jita Kyoei)
Princípio da Suavidade, ou seja, o melhor uso de energia (Ju)

Graduações

Os judocas são classificados em duas graduações: kyu e dan. Dependendo das graduações, os judocas aprendem novos golpes. Há 5 conjuntos de golpes básicos (Go Kio): cada um desses grupos é chamado Kio. Da faixa branca à laranja, os Senseis ensinam aos judocas os kios 1 e 2(Dai Ikkio e Dai Nikio). Do kio 3 (Dai Sankio) para cima é necessário estar na faixa verde e ainda depende da idade. Os golpes do 3º kio são para judocas com mais de 16 anos, e se usados em campeonatos, o judoca leva um shido.

As promoções tanto para as graduações de kyu(Classificação) como para as de dan(Grau) baseiam-se em exames que incidem sobre requisitos tais como: duração de tempo de treino, idade, caráter moral, execução das técnicas especificadas nos regulamentos e comportamento em competições. No caso de promoção de kyu(classificação), faixa branca a marrom é outorgada pela associação, no caso de promoção as graduações de dan, até 3º dan são realizadas pela banca examinadora da Liga de Judô Estadual, as outras graduações superiores pela Comissão Nacional de Graus. O sucesso em torneios, campeonatos, por si só não constitui motivo de promoção, é preciso comprovar idoneidade moral e conhecimentos do judô.

Os graus de eficiência no Judô dividem-se em aluno (Kyu) e mestre (Dan). O mais alto grau concedido é a extremamente rara faixa Colorada Judan (10º Dan) que até ao ano de 1965 fora concedida apenas a sete homens.

O Judô prevê ainda um décimo primeiro dan (Juichidan), que também usaria uma faixa vermelha, e ainda um décimo segundo dan (Junidan) que usaria uma raríssima faixa branca, duas vezes mais larga que a faixa comum, simbolizando o auge da pureza, cores essas tanto vermelha como branca que simbolizam o Yata No Kagami. É composto por um circulo vermelho que representa o Sol, inscrito no centro de uma figura octagonal (OITO lados), é um "espelho mágico", com o poder de revelar o que há na alma de que olha para ele. É uma das três relíqueas passadas pelos deuses ao primeiro imperador japonês e significa sabedoria ou honestidade (a interpretação varia na literatura).Não confundir com a Sakura No Hana (flor de cerejeira). A flor de cerejeira representa, geralmente, as escolas antigas de jujutsu e possuem CINCO lados Esta última apenas foi concedida ao mestre inventor do judo, e a quem todos os judocas estão gratos, o mestre Jigoro Kano.

Pontuação

O objetivo é conseguir ganhar a luta valendo-se dos seguintes pontos:

Yuko - um terço de um ponto. Um Yuko se realiza quando o oponente cai de lado, ou quando é imobilizado por 15 à 19 segundos.
Wazari - meio ponto, dois wazari valem um ippon e termina o combate logo após o segundo wazari.Um Wazari é um "Ippon" que não foi realizado com perfeição, também ganha wazari, se conseguir imobilizar o oponente por 20 à 24 segundos.
Ippon - ponto completo, o nocaute do judô, finaliza o combate no momento deste golpe. Um Ippon realiza-se quando o oponente cai com as costas no chão, ao término de um movimento perfeito, quando é finalizado por um estrangulamento, chave de articulação, ou quando é imobilizado por 25 segundos.
Koka - Não existe mais!

Penalizações

Shido
Quando o atleta recebe 4 shidos, ele é desclassificado da luta, quando o atleta usa objetos metálicos, quando arrisca sua integridade física ou a do adversários, aplique golpes não correspondentes ao judô, e entre outras não citadas.

Formas de cumprimento (rei-ho)
A prática do judô é regida por cortesia, respeito e amabilidade. A saudação é o expoente máximo dessas virtudes sociais. Através dela expressamos um respeito profundo aos nossos companheiros. No judô, há duas formas de expressarmos: tati-rei ou ritsu-rei (quando em pé) e za-rei (quando de joelhos). Esta última é conhecida por saudação de cerimônia. Efetua-se as seguintes saudações:

Tachi-rei ou hitsu-rei
Ao entrar no dojo bem como ao sair; Quando subir no tatami para cumprimentar o professor ou seu ajudante; Ao iniciar um treino com um companheiro, assim como ao terminá-lo.

Za-rei
Ao iniciar, bem como ao terminar o treinamento; Em casos especiais, por exemplo, antes e depois dos KATA; Ao iniciar um treino no solo com o companheiro, bem como ao terminá-lo.

Técnicas
Ver artigo principal: Técnicas do judô
Na aplicação de waza (técnicas), tori é quem aplica a técnica e uke é aquele em que a técnica é aplicada. As técnicas do judô classificam-se em:

Nage-Waza (técnicas de arremesso)
Tachi-Waza (técnicas em pé)
Te-Waza (técnicas de braço)
Koshi-Waza (técnicas de quadril)
Ashi-Waza (técnicas de perna)
Sutemi-Waza (técnicas de sacrifício)
Mae-sutemi-Waza (técnicas de sacrifício para frente)
Yoko-sutemi-Waza (técnicas de sacrifício para o lado)
Katame-Waza (técnicas de domínio no solo)
Ossaekomi-Waza ou Ossae-Waza (técnicas de imobilização)
Shime-Waza (técnicas de estrangulamento)
Kansetsu-Waza (técnicas de luxação)

Exercícios básicos
No judô cada professor pode estabelecer o seu sistema de exercício, o plano geral de treinamento é o seguinte:

Taiso
Exercício de aquecimento, visa aquecer e tornar o corpo mais flexível, desenvolvendo também a musculatura.

Ukemi-Waza
Técnicas de amortecimento de queda.

Uchikomi ou Butsukari
Repetição de técnicas para treinar a rapidez dos movimentos e suas corretas aplicações.

Randori
Treino livre, também conhecido como "combate", pelo qual a aplicação das técnicas é praticada contra um parceiro, atacando e defendendo.

Shiai
Na preparação para se participar de uma competição são necessárias tanto à destreza mental como a física. As técnicas já dominadas no randori têm agora oportunidade de serem executadas a fundo sob um determinado conjunto de regras.


Kata
É um conjunto de técnicas fundamentais, um método de estudo especial, para transmitir a técnica, o espírito e a finalidade do judô. O mestre Jigoro Kano dizia: "Os katas são a ética do judô, sem o qual é impossível compreender o alcance." Kata oferece ao randori as razões fundamentais de cada técnica. Existem no judô os seguintes katas:

Nage-no-kata: formas fundamentais de projeção.
Katame-no-kata: formas fundamentais de domínio no solo.
Kime-no-kata: formas fundamentais de combate real.
Ju-no-kata: formas de agilidade aplicadas em ataque e defesa, utilizando a energia de forma mais eficiente.
Koshiki-no-kata: formas antigas é o kata da antiga escola do Jiu-Jitsu. Executava-se antigamente com armadura de samurai.
Itsutsu-no-kata: são cinco formas de técnicas. Expressão teórica do judô baseado na natureza.
Seiryoku-zenko-kokumin-taiiku-no-kata: é uma forma de educação física, baseada sobre o princípio da máxima eficácia, visa o treino completo do corpo.
Kodokan Goshin-Jutsu: técnicas de autodefesa.

Nage-no-kata
É o primeiro kata do judô; compõe-se de quinze projeções divididas em cinco grupos de técnicas:

'Te-Waza' Uki-otoshi Ippon-seoi-nage Kata-guruma
'Koshi-waza' Uki-goshi Harai-goshi Tsurikomi-goshi
'Ashi-waza' Okuriashi-harai Sasae-tsurikomi-ashi Uchimata
'Ma-sutemi-waza' Tomoe-nage Ura-nage Sumi-gaeshi
'Yoko-sutemi-waza' Yoko-gake Yoko-guruma Uki-waza

Os dois judocas executam com extrema seriedade, concentração mental é muito importante. Inicialmente cumprimentam o joseki ou shomen (lugar de honra, mesa central) na posição de tati-rei, voltando em seguida um para o outro para se saudarem mutuamente em za-rei, levantam-se e avançam um passo iniciando com o pé esquerdo.

Em seguida partindo em ayumi-ashi avançam um para o outro e inicia-se o kata. Todas as projeções são feitas para o lado direito e esquerdo do uke. Voltado para o shomen, o tori fica à esquerda e o uke à direita.

Normalmente em sutemi-waza, o uke se levanta por zempo-kaitem-ukemi, exceto no ura-nage e yoko-gake.


[editar] Ideologias, Espíritos do Judô
Quem teme perder já está vencido.
Somente se aproxima da perfeição quem a procura com constância, sabedoria e, sobretudo humildade.
Quando verificares com tristeza que não sabes nada, terás feito teu primeiro progresso no aprendizado.
Nunca te orgulhes de haver vencido a um adversário, ao que venceste hoje poderá derrotar-te amanhã. A única vitória que perdura é a que se conquista sobre a própria ignorância.
O judoca não se aperfeiçoa para lutar, luta para se aperfeiçoar.
Conhecer-se é dominar-se, dominar-se é triunfar.
O judoca é o que possui inteligência para compreender aquilo que lhe ensinam, paciência para ensinar o que aprendeu aos seus semelhantes e fé para acreditar naquilo que não compreende.
Saber cada dia um pouco mais e usá-lo todos os dias para o bem, esse é o caminho dos verdadeiros judocas.
Praticar judô é educar a mente a pensar com velocidade e exatidão, bem como o corpo obedecer com justeza. O corpo é uma arma cuja eficiência depende da precisão com que se usa a inteligência.

5 Fundamentos do Judô
->Shinsei (Postura)
Existem dois tipos de postura no judô Shisentai, que é a postura natural do corpo e Jigotai, que é a postura defensiva

-> Shintai (Movimentação)
Aiumy-ashi, andando normalmente. Suri-ashi, andando arrastando os pés. Tsugi-ashi (apenas em katas), que anda-se colocando um pé a frente e arrastando o outro, sem ultrapassar o primeiro.

-> Tai-sabaki (Giros do corpo)
Pode ser: Mai-sabaki (para frente), Ushiro-sabaki(para trás) ou Yoko-sabaki(para os lados)

-> Kumi-Kata (Pegadas, formas de pegar)
Existem inúmeros tipos de pegadas, sendo apenas proibida a pegada por dentro da manga e por dentro da barra da calça. A pegada pode ser feita no eri (gola), sode(manga) e no chitabaki(calça) Pode ser de direita (migui) ou de esquerda (hidari). Variando entre canhotos e destros, embora para algumas projeções se use a pegada de lado contrário ao qual se vai atacar.

-> Ukemi (amortecimento de quedas)
São 10 no total, sendo 3 para trás, 2 para frente, 3 para os lados e 2 rolamentos.


Fases da Projeção
O que é preciso para aplicar um golpe perfeito

1º Kumikata (pegada, domínio do judogui do adversário)
2º Kuzushi (quebra, desequilibrio)
3º Tsukuri (construção, preparaçao, encaixe)
4º Kake (colocação, execução)
5º Kime (finalização, definição)
6 °guizambi(começo,meio e fim do judo)

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